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Rotina de exercícios pode intensificar o crescimento e desenvolvimento de novas células no cérebro

Aquela corrida matinal pode estar fazendo mais bem do que você imagina.

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Eis um potencial benefício para adicionar à longa lista de razões pelas quais devemos sempre permanecermos ativos: exercícios podem aumentar o número de neurônios no cérebro. Cientistas na Finlândia relatam que quando grupos de ratos receberam regimes de exercícios rigorosos, alguns deles desenvolveram novas células cerebrais a um ritmo mais rápido do que seus pares menos ativos.

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Mas qual a pegadinha? Esta taxa elevada de neurogênese só ocorreu com certos tipos de exercício. Os pesquisadores descobriram que o exercício aeróbio moderado produziu novas células no cérebro, enquanto exercícios de força não (apesar de darem aos ratos um físico mais tonificado). Se o mesmo for descoberto em seres humanos, parece que a movimentação diária pode ser melhor para o seu cérebro do que uma sessão de levantamento de peso.

O benefício da neurogênese, ou o crescimento e desenvolvimento dos neurônios no cérebro, é que ela ajuda nos processos de memória e aprendizagem. Este crescimento é mais perceptível enquanto ainda estamos no útero, mas continua na idade adulta, em menor grau também. O processo oposto, onde as células cerebrais são perdidas, é também natural e esperado, mas, em última instância, pode levar a doenças como Alzheimer mais tarde na vida.

Pesquisadores da Universidade de Jyvaskyla dividiram seus ratos em três grupos com três diferentes programas de exercício: corrida moderada, levantamento de pesos, e treino de alta intensidade com intervalos.

Os ratos corredores receberam uma esteira, enquanto os roedores de levantamento de peso foram treinados para subir uma escada com pesos em suas caudas. Foi encontrado nos ‘corredores’ níveis significativamente aumentados de neurogênese adulta (2-3 vezes mais) do que qualquer um dos outros grupos, além do grupo de controle sedentário.

Por que o treinamento de alta intensidade (HIT) não é tão eficaz? A equipe acredita que o estresse extra envolvido nesses exercícios específicos podem ter limitado os benefícios em termos de formação de células do cérebro. Eles também apontam que o treinamento de força pode muito bem ser bom para o seu cérebro também, não apenas em termos das variáveis ​​medidas neste estudo.

Além do mais, a predisposição genética para o exercício aeróbico parecia ter um efeito sobre os resultados finais: em outras palavras, os ratos que foram naturalmente adequados para execução apresentaram maiores níveis de neurogênese.

Mesmo que os tipos de exercícios forem escolhidos para caberem nos programas semelhantes, eventualmente criados para nós mesmos, não há nenhuma evidência firme ainda, que o mesmo tipo de neurogênese ocorre em seres humanos, embora estudos anteriores certamente insinuaram isso. A pesquisadora chefe Miriam Nokia planeja continuar observando os efeitos do treinamento anaeróbio sobre o cérebro, mas ao mesmo tempo, você tem mais um motivo para encaixar uma corrida diária em sua programação.

O trabalho do grupo foi publicado no The Journal of Psychology.

Fonte: ScienceAlert

Eder Oelinton

Jornalista, amante de tecnologia e curioso por natureza. Busco informações todos os dias para publicar para os leitores evoluírem cada dia mais. Além de muitas postagens sobre varias editorias!

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11 Comentários

  1. Bem vou deixar minha impressa a respeito mesmo não sendo eu nenhum cientista ou mesmo especialista. Em minha juventude posso até dizer que tive como musa inspiradora e muitas vezes corri ao lado dela em Icaraí Niterói a triatleta Fernanda Keller. Tentei também ser um Ironman e só consegui fundar a CORJA (Corredores de Jacarepaguá) na época. Cheguei mesmo a fazer duas maratonas por semana ou até mais. Não sei se isso me fez melhorar na época meus neurônios, mas me deixou sim sequelas de desgastes terríveis. Sou um incentivador de esporte desde que o mesmo não seja competitivo e sim prazeroso. Quanto ao estudo dos cientistas creio que eles deveriam também dar explicações de como humanos que não praticam nenhum esporte ou exercícios podem estar entre os mais inteligentes do mundo? Apesar de estar explícito isso ao final da matéria, não sabemos se é o pensar deles ou do repórter que escreveu o artigo. Alguns exemplos? Stephen William Hawking e um de meus grandes mentores, Carl Edward Sagan. =D

    1. Muito bem expressado, isso é prova de que nem tudo que os cientistas trabalham é de fato uma verdade absoluta, o que acontece no nosso corpo é algo extraordinário e sem explicação, são tantas variáveis que até me ponho em contratação com certas coisas que os cientistas publicam. É um bom tema para uma pesquisa mais aprofundada o que você indagou aqui! Muito obrigado como sempre!

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