Doenças do sono, elas podem causar tristeza, estresse e outros problemas
Descubra como elas funcionam e como tratá-las.
Nossos pais e avós dormiam melhor do que dormimos hoje? Tudo indica que sim, já que dados da Associação Brasileira do Sono demonstram que 60% dos brasileiros dormem menos de 7 horas por noite.
De acordo com a pesquisa “Episono São Paulo”, feita pela pesquisadora Monica Levy, só na cidade de São Paulo, uma em cada três pessoas têm apneia obstrutiva do sono – quando a respiração para e volta diversas vezes durante o sono.
Já um outro estudo realizado pelo Datafolha com o Instituto do Sono mostrou que 23% da população no Estado de São Paulo se queixam de sono insuficiente. O Detran também pode contribuir com dados sobre o tema, e indica que 20% dos acidentes de trânsito estão associados a indivíduos sonolentos.
O que explica essa piora na qualidade do nosso na geração Z – pessoas nascidas entre os anos 1990 e o início dos anos 2010? Alguns especialistas, como a própria Monica Levy, apontam alguns palpites.
Essa geração foi diretamente atingida pela quarta e última grande onda causadora da privação do sono na sociedade moderna: a criação da web e a popularização da internet, que aconteceu a partir de 1995.
Antes dela, outros grandes acontecimentos influenciaram o sono de gerações pregressas: a Revolução Industrial, com a adição de mais um turno de trabalho, o surgimento da luz elétrica, em 1879, e a televisão, na década de 1920.
Mas, além da internet, a geração Z também tem sido destaque em relação ao maior consumo de substâncias para inibir ou retardar o sono. É comum entre os jovens o consumo de bebidas energéticas e de bebidas alcoólicas.
Como, juntas, elas interferem na privação do sono? As bebidas energéticas têm poucas substâncias estimulantes, como a taurina e a cafeína, mas o efeito delas é potencializado pela ação do álcool das bebidas destiladas com as quais são misturadas.
Talvez você não saiba, mas o álcool tem ainda um outro papel determinante nessa equação: ele priva a execução dos sonhos. Por noite, num sono normal, sonhamos aproximadamente 90 minutos. Eles são importantes porque proporcionam o bem-estar físico e psicológico.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população mundial sofre com algum tipo de distúrbio do sono. Vamos descobrir um pouco mais sobre cinco deles:
1 – INSÔNIA
A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns. Pode aparecer caracterizado como uma dificuldade de iniciar o sono, de manter o sono e ainda naquela sensação de cansaço durante o dia, depois de uma noite mal dormida.
Ela pode surgir solitária ou associada a alguma outra doença, como a depressão, alterações hormonais ou doenças neurológicas. Pode, ainda, ser provocada por substâncias como remédios, álcool, tabaco, diuréticos ou alguns tipos de antidepressivos.
A insônia é considerada crônica quando as dificuldades para dormir ocorrem em pelo menos três noites da semana durante três meses.
Tratamento: por conta das suas inúmeras causas, é importante ir ao médico para um diagnóstico correto. Uma vez que a insônia como consequência de alguma doença é descartada, você pode investir em hábitos saudáveis para o sono.
Por exemplo, evitar luzes de televisores e celulares perto do seu horário de dormir. Ambientes silenciosos e confortáveis para um sono duradouro.
2 – APNEIA DO SONO
Como já foi citado no início desse texto, a apneia do sono é um distúrbio que ocorre quando a respiração é interrompida durante o sono, diversas vezes, por no mínimo 10 segundos. Ele impede que o corpo descanse e causa sintomas como sonolência, dores de cabeça, ronco, irritabilidade e mais.
Obesidade e deformidade facial são as principais causas da apneia, que pode ainda ser leve, moderada ou severa. Se não tratadas, as crises podem aumentar chances de AVC, infarto e problemas como hipertensão arterial.
Tratamento: por meio de aparelhos que ajudam a manter o nível de oxigenação estável durante a noite. Em casos leves, o uso de um dispositivo ortodôntica, que ajuda a manter a faringe aberta, pode funcionar. Mas, além disso, perder peso e melhorar os hábitos alimentares também são necessários.
3 – SONAMBULISMO
O sonambulismo é um distúrbio que provoca uma parassonia – alteração do padrão do sono devido a ativação de áreas do cérebro em momentos inapropriados. A pessoa caminha, conversa e faz outras atividades motoras enquanto dorme.
Tratamento: em geral, o sonambulismo não é tratado porque os episódios tendem a diminuir a partir da adolescência. Mas, em alguns casos, são receitados ansiolíticos para regularizar o sono.
4 – SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS
A síndrome das pernas inquietas é associada à necessidade de movimentar as pernas, durante o repouso ou na hora de dormir. Sua causa é genética, mas pode piorar em momentos de estresse ou consumo de estimulantes como cafeína ou álcool. Ela atrapalha o sono e pode provocar sonolência e fadiga.
Tratamento: É necessário evitar o uso de substâncias como álcool, fumo e cafeína. Praticar exercícios físicos e evitar a privação de sono já que o cansaço piora o quadro.
5 – BRUXISMO
É um distúrbio caracterizado pelo ato inconsciente de ranger e apertar os dentes, causando: alterações dentárias, dores de cabeça e na mandíbula.
Tratamento: Um dentista pode indicar um dispositivo encaixado sobre os dentes para evitar o desgaste, correções de alterações dentárias, além de métodos de relaxamento e fisioterapia.
CONFORTO PARA DORMIR BEM
O lugar que você dorme pode fazer toda a diferença quando o assunto é a qualidade do seu sono. Por isso, faça algumas mudanças no seu quarto para ajudar as suas noites a serem mais aproveitadas.
Por exemplo, limpe constantemente a mesinha de cabeceira ao lado da sua cama, a poeira pode atrapalhar sua respiração durante o sono. Prefira os tipos de colchões e travesseiros ergonômicos – aqueles adequados ao peso da pessoa.
Troque toda semana sua roupa de cama, e priorize a aquisição de produtos de qualidade. A Artelassê, por exemplo, desde 1984, produz linhas próprias de produtos para enxovais de luxo dos brasileiros. Além de durar mais, é uma garantia a mais de conforto.
Texto: Carolina Peres, Marketing de conteúdo e Link Builder da HEDGEHOGDIGITAL.CO.UK