A realidade virtual ira proporcionar experiências que só astronautas já vivenciaram
Olá pessoal, nesta terceira postagem da série O Futuro da Realidade Virtual, convido vocês a lerem com muita atenção até o fim, mas de uma maneira diferente, analítica, em uma perspectiva cósmica e astral, ou seja, livre de todas as amarras que bloqueiam nossa mente aqui na terra. Lhes convido para um voo no espaço e tenham uma boa leitura. E se perdeu as duas primeiras segue ai:
1 – MEU CONVITE PARA UM GRANDE MERGULHO NA REALIDADE VIRTUAL
2 – UMA CAMPANHA DE MARKETING EXAGERADA? FIQUE POR DENTRO DA REALIDADE VIRTUAL
A realidade virtual irá nos entreter e nos conectar, abrira as portas do mundo digital, mas será que isso poderá revolucionar a maneira que vemos o mundo real? Talvez, nos tornando astronautas por um dia.
O efeito “experiência de visualização” que os astronautas relataram durante uma missão olhando para a terra lá do alto, É uma mudança cognitiva transformadora na consciência. Uma delas é ver a Terra como uma série de lugares separados pela distância em uma pequena bola frágil de vida suspensa no espaço.
Do espaço, as fronteiras nacionais desaparecem, os problemas ambientais são mais visíveis e os conflitos que dividem as pessoas tornam-se menos importante quando considerada a partir de uma perspectiva cósmica.Até então, esta visão da terra lá do espaço mudou a vida e a mentalidade de poucos selecionados. No entanto, é difícil de descrever, assim como é descrever a emoção ao ver um filho nascer, ou se apaixonar.
Isto não parou as pessoas de tentarem.
Edgar Mitchel, a sexta pessoas a pisar na lua disse “Houve um reconhecimento surpreendente de que a natureza do universo não era como tinha sido ensinado para mim. Eu não só vi a conexão, eu senti. Fiquei impressionado com a sensação física e mental se estender para o cosmos. Eu percebi que isso era uma resposta biológica do meu cérebro tentando reorganizar e dar sentido à informação sobre os processos maravilhosos e impressionantes que tive o privilégio de ver”.
Outros astronautas ecoaram sentimentos semelhantes.
Há um sentimento quase universal entre os astronautas veteranos de que seus voos resultaram em uma experiência transcendente profunda que mudou suas vidas e perspectivas ao retornarem à Terra. Para entendermos, ainda que parcialmente, as suas experiências, nós podemos apenas ouvir as suas palavras e olhar para as fotos e vídeos que são um substituto pobre do que o olho humano pode ver.
A verdadeira sensação que essa experiência nos traz é difícil de convencer com imagens apenas, mas onde as figuras demonstram muito pouco, a realidade virtual imersiva pode ajudar.
A melhoria das comunicações com maiores taxas de dados e câmeras de alta resolução permitirá às empresas fornecerem em tempo real, vistas omnidirecionais do espaço com headsets de realidade virtual, tais como o Oculus Rift. Tais visualizações estarão acessíveis diretamente do seu sofá e será quase indistinguível perceber a diferença entre o que o astronauta vê e o que você vê, a sensação será quase a mesma.
Uma vez, tal experiência ter sido vivenciada por uma boa porção da população do planeta, como isso mudará o mundo? Não dá para rever o futuro, mas é sensato olhar os exemplos passados e generalizar a partir dai.
Fora os cerca de cem bilhões de seres humanos que viveram e morreram na terra, apenas cerca de 500 pessoas se aventuraram mais de uma centena de quilômetros na sua superfície. No entanto, os efeitos indiretos já mudaram profundamente a vida na terra.
Quando a nave espacial Apollo 8 fez sua circunavegação lunar em dezembro de 1968, a sua tripulação testemunhou o primeiro nascer da Terra direto da lua. A foto resultante, embora de baixa resolução, é uma das imagens mais poderosas do século XX. As pessoas começaram a ver a Terra não como um grande lugar para se despojar à vontade, mas é a única partícula no cosmos que garante a nossa sobrevivência.
Essa imagem foi parcialmente responsável por iniciar não só o ambientalismo como um movimento global, mas também os movimentos pacifistas e anti-proliferação nuclear.
Se meras fotos podem fazer muito, imagine quanto maior o impacto cumulativo do efeito Visão teria sobre milhões de pessoas.
Quando visto em um contexto cósmico, ideologias desagregadoras e ódios mesquinhos perdem o seu poder e torna-se possível para as pessoas transcenderem os limites de suas identidades individuais. Torna-se assim mais fácil para as pessoas a empregar formas holísticas de pensar. Aplicado a uma grande população, isso vai permitir-nos absorver coletivamente informações e resolver problemas muito mais eficientes do que as nossas organizações atuais podem com hierarquias fragmentadas.
A maioria de nós já sabe de tudo isso intelectualmente, mas é completamente outra coisa experimentar.
Talvez Anousheh Ansari, a primeira turista espacial privada, resume melhor: “A experiência real supera todas as expectativas e é algo que é difícil de colocar em palavras. É uma espécie de redução das coisas a um tamanho que você acha que tudo é administrável. Todas essas coisas que podem parecer grandes e impossíveis… Podemos fazer isso. Paz na terra-sem problema. Ela oferece às pessoas esse tipo de energia, esse tipo de poder, e eu tenho experimentado isso”.
SpaceVR é uma startup “do espaço para o consumidor” em San Francisco, que visa trazer a experiência dos astronautas a milhões de pessoas através do uso de realidade virtual de alta-resolução. (Junte-se à missão no Facebook.)
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Essa é uma tradução livre feita por Lyngeri para o blog Suprimatec, o texto é de Eric Shear, pós-graduado em ciência espacial na Universidade de York, em Toronto. Ele está atualmente trabalhando no projeto da missão espacial na SpaceVR. O texto original foi publicado originalmente no site Singularity Hub.
Não é tão simples, imagino. A realidade que estamos nesse momento é transitória e, dizem textos antigos, completamente ilusória. Partindo da ilusão, nosso olhar já estaria desfocado, digamos assim. A chamada “realidade virtual” traria efeitos especiais para enxergar o que está lá fora? Conseguiremos enxergar o que está lá fora – e, principalmente, sentir o que está lá fora – apenas com o nosso olhar desfocado e temporariamente aprisionado numa Ilusão? Ou a realidade virtual será capaz de nos dar uma amostra do que poderemos sentir quando estivermos, digamos assim, livres? Não acredito que nos livraremos das fronteiras continentais apenas olhando racionalmente para o espaço. Há muito boas chances de isso acontecer se conseguirmos, realmente, olhar para dentro de nós próprios onde a realidade não é ilusória…
Também sinto falta de nossas conversas. Forte abraço!
Acredito que tudo isso Monica, seria mais uma distração que ofuscaria ainda mais a busca pela plenitude do ser. Mas penso que de alguma maneira as pessoas aos poucos irão perceber que o contrario de uma realidade virtual, nossa realidade ofuscada sempre estará presente e devemos lutar para abrir as fronteiras. Acredito que as pessoas querem se libertar, mas a escolha de um caminho correto seja uma outra barreira. Obrigado por participar Monica, desculpa a demora em responder.