21 livros que mudaram a ficção científica e a fantasia para sempre (11-15)
Continuando a lista de 21 livros que revolucionaram a maneira de contar histórias de ficção e fantasia:
11) Neuromancer por William Gibson.
Em 2007, este clássico cyberpunk tinha vendido mais de 6,5 milhões de cópias. Já foi adaptado em quase todos os gêneros, e é responsável pela introdução de vários termos, e, sem dúvida, a ideia da internet. A Encyclopedia of New Media(Enciclopédia da nova mídia) chama Neuromancer de mais importante do que On the Road em sua influência cultural, e credita a sua influência na formação das mídia subsequentes, desde a revista Wired ao Arquivo X (The X-Files), até a própria internet.
Após as invenções iniciais da ARPANET, Paul T. Riddell escreve que a internet tomou forma devido a leitura que os estudantes fizeram dos contos e romances de Gibson; em vez de lamentar-se e queixar-se depois de lerem Robert Anton Wilson, eles leram Gibson e pensaram, “Você sabe, nós podemos fazer isso”.
Neuromancer foi o primeiro romance de vencer todos os três principais prêmios de ficção científica, o Nebula, o Hugo e o prêmio Philip K. Dick Award para publicação original.
Veja aqui mais algumas representações artísticas de Neuromancer publicadas no blog Cyberculturabr: Representações artísticas de Neuromancer
Quer saber um pouco mais sobre Neuromancer? Clique aqui.
12) Snow Crash (Nevasca ou em Portugual como Samurai: Nome de código)por Neal Stephenson
De acordo com o New York Times, o olhar de Stephenson para a forma como os seres humanos interagem com o mundo digital tem uma reputação bem merecido para premonição: Clique aqui e compre
“Snow Crash foi publicado bem no começo de 1992 e colocou muitos dos atributos da vida on-line de hoje, incluindo o metaverso, um lugar virtual onde as pessoas se encontram, para fazer negócios e lazer, apresentando-se como avatares. Se você já jogou jogos muito populares multiplayer online como World of Warcraft, ou visitou as comunidades virtuais do Second Life, você pode ter um frio pensando sobre o que ele imaginou antes da popularização da World Wide Web.”
Apesar da reputação de seu livro, Stephenson é muito relutante em assumir o título de “Vidente”, dizendo no mesmo artigo, “eu posso falar o dia todo sobre o quão errado eu interpretei. Mas há um monte de pessoas que sentem que isso era uma previsão precisa.”
13) Game of Trones– George R.R. Martin
Desde a sua primeira publicação em 1996, este livro e suas sequências ajudaram a impulsionar um novo renascimento, mais escuro da fantasia épica que transformou as expectativas do gênero em suas cabeças. Em Game of Thrones and Philosophy: Logic Cuts Deeper Than Swords, o editor Henry Jacoby, professor de filosofia da Universidade do Leste da Carolina, especula sobre a popularidade da série:
“Os leitores costumam citar a complexidade moral dos romances como uma parte fundamental da sua fruição, em alusão a personagens pintados em “tons de cinza.” Trabalhos anteriores de fantasia épica tendem a operar com uma bússola moral simples, onde o antagonista era uma versão do mal “Dark Lord” e os protagonistas foram definidos por sua oposição a este personagem do mal com base na sua bondade moral óbvia. Em contraste, série de Martin foi escrita sem um senhor da escuridão para falar. A escolha de Martin em manter os olhos sobre os personagens muito humanos, com suas falhas muito humanas, foi feito bem o suficiente para ganhar-lhe uma legião de fãs que apreciaram o chamado “realismo corajoso” da narrativa.”
O autor de Fantasia, Mark Lawrence concorda:
“Ele mostrou o que a fantasia poderia ser. Pessoas reais, que não carregam uma falha específica em torno de um atributo enrolado como em um jogo de rpg, mas que eram complexas, capazes de ser ambos, bons e maus, vítimas das circunstâncias, heróis do momento. Heróis em ascensão poderiam sofrer com calos sem que isso fosse uma piada. Isso é uma grande parte de seu segredo – CADA UM É HUMANO – ficar atrás de seus olhos e ninguém é perfeito, ninguém é inútil.”
14) Kindred por Octavia Butler
John C. Snider, editor de dimensões scifi descreve o livro comemorado de Octavia Butler como:
“Um livro de fantasia dark capaz de atingir o núcleo espinhoso da história americana: a escravidão. Este livro, em que uma jovem negra de classe média encontra-se transportado entre a Califórnia de 1976 e Maryland de antes da guerra civil, tornou-se um clássico de ficção científica de leitura obrigatória para as mulheres e para estudos afro-americanos. Mas não se deixe enganar, enquanto a ficção de Butler apela para o feminismo e a demografia da minorias não é apoiada por esse recurso. Para ler Octavia Butler é ler boa literatura e ponto final.”
Octavia Butler também foi a primeira escritora de ficção científica a receber uma bolsa MacArthur também conhecida como o Grant Genius. E em 2012, centenas de milhares de cópias de Kindred foram dadas na noite mundial dos livros (Night World Book).
15) Harry Potter e a Pedra Filosofal por J. K. Rowling
O Spotlight Review explica a importância desta série épica de bruxos e trouxas, amada por pessoas de todas as idades:
“Eles são os livros de adolescente padrão o qual cada crianças ou adolescente já leu. Harry Potter mudou radicalmente o cenário na indústria editorial. Antes de Harry Potter, crianças e livros adolescentes foram considerados uma área digna de se publicar, mas não lucrativa. Após sua ascensão, de repente, toda empresa começou a aceitar propostas de livros semelhantes. Foi mais difícil do que se pensava anteriormente. Houve alguns livros promissores, mas nenhum que capturou os corações e mentes de milhões.”
Harry Potter foi traduzida para 57 idiomas diferentes, inclusive o latim e o grego antigo. Não é exagero dizer que Harry Potter é um dos bruxos mais famosos do mundo. Veja aqui a vitrine Harry Potter
Essa é a continuação de uma série de publicações sobre os 21 livros que mudaram a maneira de contar ficção científica e fantasia. Não perca nenhuma, clique na lista abaixo.
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Na livraria Saraiva:
Game of Thrones – me fascinou pela estrutura narrativa, construção dos personagens e pela crueza de suas relações naquele mundo tão diverso do nosso e tão cheio da mesma corrupção. Mas o fascínio foi minado pelo fato do autor ter se apaixonado em reescrever a si mesmo tento se dedicado a serie da hbo. A série é ótima a sua maneira – mas ao divergir dos livros é uma nova obra que apresenta um novo caráter para diversos personagens (caráter no sentido aristotélico) e sabemos que um servo não serve bem a dois senhores. Então o escritor precisou escolher qual das versões de sua história se dedicar optado pela versão televisiva. Isto nos coloca com o fato de que talvez algum dia tenhamos dois desfechos um para os livros outro para as telas – já que ambos evoluem de forma diferente.
Harry Potter J. K. Rowling foi uma trama deliciosa que deixou saudade de muitas maneiras. Comecei a ler aos 22 anos, acompanhei a evolução e crescimento das personagens e me senti órfã quando acabou, mas que tudo que é bom precisa ter um desfecho antes de ficar cansativo.