Última atualização do Windows 10 remove aplicativos sem perguntar ao usuário

Windows 10 Fail
Apesar das alegações de que as correções são para melhorar o sistema operacional, a empresa decepciona cada vez mais

Desde que a Microsoft declarou que o Windows 10 por padrão, iria instalar automaticamente as atualizações, a resposta da empresa para os usuários preocupados com o problema de compatibilidades de software e hardware, foi essencialmente “confie em nós”. A empresa ainda permite que usuários do Windows 10 Professional e Enterprise ainda decidam e atrasem certas atualizações, e existem ferramentas de software que ninguém pode baixar para bloquear certas atualizações de drivers, mas estas são algumas exceções para a nova regra geral.

Infelizmente para os usuários da Microsoft, essa política não está funcionando muito bem. No começo desta semana, a Microsoft arrancou o instalador para ferramenta de criação de mida da sua última versão do Windows(1511), mas não antes de muitas reclamações. Agora, os usuários estão apontando que a última versão, não é apenas bugada, em alguns casos, ela desinstala alguns softwares instalados pelos usuários sem sua permissão.

As reclamações não são universais e ainda não está claro se a nova instalação da versão 1511 são para encontrar problemas. o que muitos usuários reportaram é que ao instalar  a última versão, após o reinicio do computador, notaram que várias aplicações foram removidas do seu sistema.

Dois meses atrás, torrents e sites piratas baniram o Windows 10 com medo de ele poderia ser usado para espionar tais sites e desabilitar seus softwares, graças as clausulas no acordo de licença do Windows 10 que inclui:

Insto é claramente um caso de erro de identificação; Windows 10 está desativando software que não causam problemas e que os usuários estão legalmente autorizados a instalar. O problema, claro, é que o Windows 10, aparentemente toma decisões arbitrárias sobre quais aplicativos podem ou não podem ser executados, então toma uma decisão unilateral, sem ação do usuário.

Não está claro se a AMD o recém lançado software Radeon Crimson foi afetado da mesma maneira.

Há uma série de problemas que a Microsoft está causando. Em primeiro lugar, ela substitui a escolha do usuário. O usuário final pode estar ciente que um aplicativo tem problemas, mas está, de alguma maneira, propenso a usar apenas tal aplicativo. Ele ou ela pode ser obrigado a usar aplicações específicas para o trabalho, ou precisa de acesso a funções específicas do programa. Aviso ao usuário final que um determinado aplicativo está causando instabilidade do sistema é útil; desativar e remove-la sem aviso prévio não é. A desativação ou remoção de um aplicativo por engano é ainda pior.

Em segundo lugar, a”solução” da Microsoft pode muito bem tornar o problema pior. As placas gráficas da AMD dependem do Centro de Controle Catalyst (ou o novo software Radeon Crimson) para funcionar corretamente. Remover esses aplicativos pode carregar um driver de vídeo básico, mas você já está bloqueando o usuário final de poder modificar todas as opções avançadas da AMD para controlar as configurações do monitor, aplicações 3D ou a cor de vídeo e os controles de estabilidade.

Alguns aplicativos têm vários executáveis de vários produtos em uma família de programas, remover um ou dois deles em nome de aumentar a estabilidade do sistema, pode quebrar a suíte de produtos. A remoção de um aplicativo como o Centro de Controle Catalyst pode interromper a funcionalidade de desinstalação se não for removido de forma adequada, e os drivers de vídeo têm uma reputação de ser vinculados com o aplicativo. Há uma razão por que as pessoas ainda recomendam o uso de desinstaladores de terceiros, como DDU em 2015 para o hardware da AMD, Intel e Nvidia.

Também não está claro como essa atualização desastrosa funciona em ambientes corporativos, mas é fácil imaginar que causa estragos em implantações de sistema se o computador automaticamente remove o software em sistemas onde os usuários ou são impedidos de instalar novos programas ou simplesmente não têm acesso direto fácil aos instaladores de aplicativos. Isso deixa o departamento de TI com muitos problemas, tentando isolar porque alguns usuários continuam tendo dificuldades e outros não.

Ainda há dúvidas sobre se a Microsoft pode fazer esse sistema funcionar corretamente, simplesmente por causa da enorme variedade de hardware, software e aplicativos que são executados no Windows. O Android e o iOS podem ultrapassar a base de instalação do Windows, mas não se compara com a Microsoft em termos de compatibilidade com versões anteriores.

O Windows 10 pode ser executado em um hardware com 12 anos de idade (embora não particularmente bem). Mas tentar vetar exatamente quais aplicativos devem ou não devem ser autorizados executar no SO e tomar essas decisões automaticamente? Isso nunca vai funcionar perfeitamente.

Mas o mais importante, é a escolha que o usuários faz, quais as aplicações quer instalar ou executar. A Microsoft pode ter visto isso como a extensão natural do SmartScreen, mas esta é uma ponte longe demais.

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