Se você ainda estava se acostumando com a ideia conceito do misterioso Planeta 9 (Planet Nine) potencialmente traçando sua órbita evasiva em algum lugar ao redor da orla do Sistema Solar, veja essa nova teoria.
Uma equipe de astrônomos já apresentou novos cálculos nos dados que inicialmente deram origem à hipótese do Planeta 9, e estes novos números sugerem que o planeta adicional pode não estar sozinho, pode haver vários planetas escondidos na borda do nosso Sistema Solar que ainda precisamos descobrir. Se os pesquisadores estiverem corretos, o que ninguém sabe ao certo até agora, poderia realmente significar um fim para os livros didáticos do ensino médio.
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Mas antes, vamos recuar um pouco para explicar como chegamos a este ponto. Em janeiro, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) encontraram evidências do que eles chamam de Planeta 9, um enorme planeta gelado que poderia estar escondido em algum lugar além de Netuno nos confins do nosso Sistema Solar.
Os cientistas estimam que o Planeta 9 é tem 10 vezes mais massa que a Terra, e acredita-se que realiza uma órbita extremamente alongada do Sol, que leva entre 10.000 e 20.000 anos para ser concluída.
Os pesquisadores da Caltech basearam a sua hipótese sobre a existência do Planeta 9 em cima do movimento incomum de seis grandes objetos flutuantes no cinturão de Kuiper, sugerindo que suas órbitas estão sendo moldadas por um planeta escondido.
Mas agora uma nova equipe de astrônomos sugere que esses objetos no cinturão de Kuiper (KBOs), especificamente classificados como objetos trans-netunianos extremos (ETNOs), ou seja, objetos que orbitam o Sol além de Netuno, pode não ser tão estáveis como se pensava anteriormente.
“Com a órbita do Planeta 9 indicada pelos astrônomos da Caltech, nossos cálculos mostram que os seis ETNOs, que eles consideram ser a ‘Pedra de Rosetta’ na solução para este mistério, que se movem em órbitas longas e instáveis”, diz um membro da equipe , Carlos de la Fuente Marcos, um astrônomo espanhol independente.
Em outras palavras, o efeito gravitacional que próprio Planeta 9 teria sobre eles, planetas anões rochosos gelados poderiam ajudar a torná-los muito instáveis para ser moverem na forma como os cientistas de Caltech pensam que estão se movendo.
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“Esses objetos iriam escapar do Sistema Solar em menos de 1,5 bilhões de anos”, disse de la Fuente Marcos, “e três deles poderiam abandoná-lo em menos de 300 milhões de anos. O que é mais importante, suas órbitas se tornariam realmente instáveis em apenas 10 milhões de anos o que é realmente um curto período de tempo em termos astronômicos”.
De acordo com de la Fuente Marcos e seus colegas pesquisadores, os irmãos Raúl e Sverre J. Aarseth da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, é possível que a estabilidade destes objetos pode ser ocasionada pela atração gravitacional de um número de planetas desconhecidos escondidos em algum lugar nas bordas do Sistema Solar, ou seja, o Planeta 9 poderia ter companhia.
“Isso quer dizer que acreditamos que, além do Planeta 9, também pode haver um Planeta 10 e ainda mais”, disse de la Fuente Marcos.
Nem todo mundo está convencido com as novas descobertas. Astrônomo Mike Brown, um dos membros da equipe Caltech que originalmente introduziu a hipótese do Planeta 9, é crítico do novo descobrimento.
“Eu acho que é muito cedo para começar a especular sobre um segundo planeta, mas, no geral, estou confuso com os resultados”, disse Abigail Beall ao Daily Mail. “Nós temos uma análise quase idêntica que mostra quase o resultado oposto. Não é óbvio para mim por que eles iriam receber uma resposta tão diferente.”
Embora ainda não esteja exatamente claro o que está acontecendo com os cálculos rivais, o que é aparente é o quão animado a comunidade de astronomia está sobre a perspectiva de encontrar este, ainda não confirmado, Planeta 9.
Desde que a pesquisa original da Caltech foi publicada, nós tivemos varias especulação sobre a composição do Planeta 9, inúmeras hipóteses sobre como rastrear o ainda não visto planeta, e até mesmo a sugestão de que o Planeta 9 veio originalmente do “espaço”, que, neste contexto, significa que poderia ser um exoplaneta de outro sistema solar que migrou para o nosso próprio.
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A NASA tem-se mantido bastante conservadora sobre os anúncios do Planeta 9 até agora, assim como Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, resumiu sua posição da seguinte forma:
“A possibilidade de um novo planeta é certamente excitante para mim como um cientista planetário e para todos nós. Este não é, no entanto, a detecção ou a descoberta de um novo planeta. É muito cedo para dizer com certeza há um chamado de Planeta X. O que estamos vendo é uma previsão antecipada com base em modelos a partir de observações limitadas. É o início de um processo que poderia levar a um resultado emocionante “.
Com esta quantidade de pesquisas que estão focadas no Planeta 9, estamos obrigados a descobrir mais algumas respostas em breve, mesmo que nem todo mundo possa concordar com eles.
Os novos resultados são publicados no Monthly Notices da Sociedade Astronomica Royal: Letters.