A prática regular de exercícios é fundamental para saúde da mulher, mas ela deve ser executada seguindo os limites do corpo e, inclusive, levando em consideração a questão do gênero. Atividade física em demasia, com sobrecarga de força e intensidade, pode trazer severos riscos para saúde da mulher.
Um desses problemas é a Síndrome da Mulher Atleta. A Síndrome da Mulher Atleta ganhou destaque pela primeira vez na Conference American College of Sports Medicine (ACSM) em 1992, onde foram estabelecidas as características, sintomas, diagnóstico, tratamentos e prognósticos dessa síndrome.
O ortopedista e traumatologista Dr. Diogo Fagundes explica neste artigo os perigos que envolvem esta síndrome e as medidas necessárias para solução do problema. Confira o que é a Síndrome da Mulher Atleta e como reverter o quadro com saúde.
Síndrome da Mulher Atleta
Com o início da participação feminina nos jogos olímpicos a partir da década de 70, as mulheres atletas passaram a ter uma rotina similar à dos homens, com treinamentos intensos e de alto impacto, influenciando diretamente sua saúde.
O conjunto de sintomas com alterações hormonais, alimentares e osteomuscular nas mulheres atletas é conhecida como a Síndrome da Mulher Atleta. Do inglês, RED´S, que significa Deficiência Relativa de Energia no Esporte, também é classificada como a Tríade da Mulher Atleta, por englobar um trio de sintomas principais.
A Síndrome da Mulher Atleta acomete mulheres jovens e ativas, em fase reprodutiva. Na busca por um corpo perfeito ou em melhor desempenho em competições, a atleta se exercita em excesso e a alimentação é pobre em nutrientes e na quantidade necessária para o corpo manter a energia que precisa para continuar saudável.
Causas e sintomas da Síndrome da Mulher Atleta
A Síndrome da Mulher Atleta possui 3 sintomas principais, tais como:
- Amenorreia;
- Distúrbios alimentares;
- Diminuição significativa da densidade óssea.
Amenorreia
A Amenorreia é um dos primeiros sintomas percebidos e existem 2 tipos de amenorreia: a primária e a secundária. A amenorreia primária acontece nos primeiros 2 anos a partir do início da puberdade, além da gravidez e período de lactação, consistindo em um processo natural do organismo.
Já a Amenorreia secundária é causada por outros fatores, sendo basicamente de origem hipotalâmica, ou seja, a ausência da menstruação ocorre por um comprometimento do hipotálamo, situado no encéfalo, na base do cérebro e com a função de manter o equilíbrio corporal diante de fatores ambientais, coordenando o sistema endócrino e nervoso, seja por estresse ou exercícios físicos excessivos.
A ausência da menstruação pode causar transtornos e distúrbios hormonais severos, além de outros sintomas como cefaleia, aumento de pelos e acne. Ocorre significativos alterações na fertilidade, dificultando uma gravidez no futuro.
Distúrbios Alimentares
Os distúrbios alimentares comuns na Síndrome da Mulher Atleta se caracterizam pela bulimia e anorexia. A bulimia é um transtorno em que a pessoa possui a compulsão em comer e, posteriormente a ingestão em demasia, causa episódios de vômito ou exercícios em excesso para evitar o ganho de peso.
Já a anorexia é a visão distorcida do próprio corpo, e tal obsessão leva a pessoa a evitar a ingestão de alimentos e praticar exercícios com maior intensidade, mantendo o peso abaixo do esperado. Ambos os distúrbios são potencialmente fatais.
Diminuição da Densidade Óssea- Osteoporose
A perda de densidade óssea ou Osteopenia é um processo normal do organismo, causado pelo envelhecimento, porém requer atenção especial por existir riscos severos a longo prazo.
A osteoporose é o caso agravado da osteopenia. É uma doença degenerativa e progressiva osteomuscular que torna os ossos porosos e fracos, com risco elevado de fraturas.
A doença é comum em mulheres na menopausa e acima dos 60 anos, porém, nas mulheres com alta demanda esportiva e baixa ingestão calórica, a osteoporose ocorre precocemente, tornando os ossos frágeis, comprometendo seu desempenho esportivo e evitando que ela alcance o nível de desempenho almejado.
Como reverter o quadro de uma Síndrome da Mulher Atleta
Dr. Diogo Fagundes afirma que a chave para o tratamento da Síndrome da Mulher Atleta deve ser a reposição energética alimentar. À medida que se reestabelece a ingestão adequada de nutrientes, com os meses, a tríade de sintomas da mulher atleta é normalizada. No entanto, é válido durante esse tempo, o acompanhamento multidisciplinar com psicológico e nutricionista. O ginecologista e endocrinologista, têm sua importância para controle dos níveis hormonais e o ortopedista com o controle da densidade óssea, além de auxiliar na estratégia de exercícios durante a fase crítica da fragilidade óssea.
O médico ortopedista e traumatologista Diogo Fagundes tem formação pelo Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, é membro da SBOT- Sociedade Brasileira em Ortopedia e Traumatologia, com fellowship em cirurgia do joelho pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, com passagem pelo Clube de Regatas do Flamengo.
Doutor Diogo Fagundes atende todos os casos relacionados ao sistema musculoesquelético e atualmente com o advento da pandemia por COVID-19, além do consultório próprio, se dedica às teleconsultas, diminuindo distâncias e facilitando a comunicação entre médico e paciente.
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