Pessoas com doenças crônicas também devem cumprir calendário vacinal

População deve se atentar às atualizações de recomendações e protocolos

A Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) divulgou o calendário de vacinação para pessoas com doenças crônicas. Com diferentes recomendações e diversos protocolos, a imunização de pacientes especiais é assunto complexo, que demanda incorporação e atualização constante de novos conhecimentos.

Nos calendários, constam as vacinas que devem ser recomendadas especialmente aos indivíduos que correm mais risco de complicações em decorrência de doenças imunopreveníveis. O documento é importante porque fundamenta cada orientação e indicação de acordo com a patologia e a presença de outras condições especiais.

Segundo a SBIm, “o aumento da expectativa de vida aliado aos avanços tecnológicos e da medicina levam a um incremento no número de pessoas com doenças crônicas”. Deste modo, destaca-se a importância das imunizações como ferramenta para diminuir a morbidade e a mortalidade nessas pessoas.

Todo cuidado necessário

As vacinas são fundamentais, pois previnem o risco aumentado de infecções causadas por doenças crônicas. Por isso, com a demanda crescente, passa a ser necessário dar atenção e assistência diferenciadas a esse grupo, para além das recomendações e calendários básicos. 

Nesse sentido, a indicação de imunização deve ser direcionada “pela fisiopatologia da doença e pela predisposição para infecções imunopreveníveis”, como aponta a SBIm.

Obedecendo às normas publicadas em manual específico, e por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece acesso à vacinação aos portadores de doenças crônicas e seus conviventes. 

Para reforçar as ações de imunização e orientar o profissional de Saúde, a SBIm divulga diferentes calendários todos os anos: Prematuro, Criança, Adolescente, Gestante, Adulto, Idoso e Ocupacional. Dentro de cada um desses calendários são apresentadas recomendações específicas para os diferentes grupos de risco. 

Atenção aos detalhes

Os profissionais de Saúde devem estar atentos às orientações gerais e aos conceitos básicos das indicações de imunizantes para pacientes especiais. A eficácia das vacinas, por exemplo, pode variar conforme “o grau de imunossupressão desencadeado pela doença de base ou pela utilização de drogas imunossupressoras durante o tratamento”, segundo documento da SBIm.

As contraindicações e precauções para pessoas com doenças crônicas também devem ser analisadas e observadas caso a caso. O calendário de vacinação destaca, ainda, a importância da vacinação das pessoas que convivem com o paciente especial. 

Essa ação reduz os riscos de infecção para os portadores de doenças crônicas, especialmente no caso de imunodeprimidos, em que a eficácia da vacina está comprometida ou até a vacinação está contraindicada. 

Os profissionais da Saúde também devem estar com o calendário de imunização em dia. Isso porque, além de garantir a proteção do próprio trabalhador, a vacinação diminui a probabilidade de infecção dos pacientes. O calendário recomenda, principalmente, as vacinas da hepatite B, tríplice viral, influenza, varicela e dTpa. 

Cada doença crônica recebe uma aba detalhada com vacinas, recomendações e disponibilidade nos CRIE ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para acessá-las, basta consultar o calendário completo com as explicações.

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