A utilização de energias renováveis vai além de ser uma tendência. Governantes têm, de fato, uma necessidade de investir mais em tecnologias que geram energias limpas. Exemplos disso são escancarados a todo instante. O primeiro se refere à crise hídrica que atingiu o Brasil no ano passado. Essa foi uma das piores secas que o país enfrentou nos últimos 91 anos, e as gerações de energias renováveis se tornaram atrativos para uma solução quando esse problema surgir.
O segundo exemplo é bem atual, com a invasão de tropas da Rússia na Ucrânia. O combate, que se iniciou no dia 24 de fevereiro, evidenciou um problema: a Europa é extremamente dependente do gás russo. Com sanções e embargos acontecendo, os preços da energia devem aumentar demais.
Além dos problemas causados e citados acima, a maioria das fontes de energia que o mundo utiliza hoje em dia é muito poluente. Então, cada vez mais opções híbridas e renováveis são buscadas para substituir as tradicionais maneiras de gerar energia.
No Paraná, por exemplo, foi instalada a primeira usina solar flutuante da região Sul do Brasil. Já existem outros modelos no país. A primeira foi concluída na hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. Existem outros projetos similares, como nos municípios de Sobradinho e Casa Nova, na Bahia.
Essa é uma tecnologia que foi baseada e funciona de forma muito similar a da energia solar, que já vem em uma crescente há alguns anos. A diferença é que a flutuante não é instalada no telhado ou no chão de uma propriedade, mas, sim, em lagos, lagoas ou açudes.
A sua finalidade também tem um detalhe. Essa usina tem o objetivo de produzir altas cargas de energia; sendo assim, ela não é a melhor opção para casas ou pequenas empresas. O ideal é que sua energia seja utilizada em projetos que demandam energia centralizada.
Uma das principais vantagens da usina solar flutuante é a liberação de espaços, justamente por não ocupar espaços no solo. Assim, o espaço pode ser utilizado para produção agrícola ou para fins ecológicos. Outro ponto positivo é a eficiência energética. Como as placas são colocadas na água, isso ajuda no resfriamento delas. Também aumenta o seu desempenho, gerando uma eficiência que pode ser entre 5% e 15% maior se comparada com as usinas fotovoltaicas comuns.
Os responsáveis por instalar essas usinas, normalmente, são pessoas que concluíram cursos de engenharia elétrica EAD. Com a popularização cada vez maior de energias limpas, muitas empresas estão investindo nas tecnologias, principalmente pelo fato de o Brasil ter corpos aquáticos naturais diversos, o que acaba facilitando ainda mais a disseminação desses serviços.