Curiosidades

Os vinhos mais caros do mundo e porque eles são caros

Vinho bom não precisa ser caro, mas não dá pra negar que, quanto mais você puder pagar por essa bebida, mais ela te surpreenderá

Assim como os demais produtos que estão à disposição do consumidor em e-commerces, gôndolas dos mercados e vitrines de lojas, os vinhos apresentam uma variação no custo das garrafas que, por vezes, pode parecer exagerada aos desavisados. Para que um vinho tinto, ou não seja precificado, é preciso considerar fatores de mercado, matéria-prima, produção e distribuição, ou seja, tudo conta e, quanto mais caro estes custos, mais caro sai o vinho.

De forma geral, os vinhos com valores expressivos apresentam algumas características em comum:

  • Alta procura e pouca oferta: vinhos que apresentam muitos apreciadores, mas são produzidos em menor escala costumam ser mais caros;
  • Custo da mão de obra: os trabalhadores da América Latina, por exemplo, costumam ganham menos do que os europeus;
  • Tipo de colheita: uvas colhidas manualmente são mais custosas;
  • Transporte: quanto mais distante a origem do vinho, mais caro ele será. É por isso que os vinhos de Portugal, ou da Itália, são mais caros que os chilenos;
  • Produtividade: há vinhedos, propositalmente, de baixa produção, de forma a elevar a qualidade – e o valor – da bebida;
  • Raridade e exclusividade: exemplares raros e disputados, aos quais apenas alguns apreciadores têm acesso, podem atingir preços exorbitantes;
  • Prestígio: os rótulos premiados e bem avaliados em concursos e exibições são comercializados por altos valores devido à sua notoriedade.

Veja alguns dos vinhos mais caros do mundo e saiba quanto eles custam:

Château Petrus 2016

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Considerado um dos vinhos mais raros e caros do mundo, o Château Petrus 2016 alcançou a pontuação máxima do renomado crítico Robert Parker, impressionantes 100 pontos!

Trata-se de um vinho tinto com aroma frutado, notas de especiarias e chocolate. Estruturado, concentrado e com taninos finos, é um rótulo elegante. Ideal para ser apreciado após dez ou mais anos de garrafa, juntamente com pratos de alta gastronomia.

Valor: R$ 45.400,00

La Romanée Grand Cru 2014

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Vindo da região da Borgonha, ele é produzido pela vinícola Domaine du Comte Liger-Belair em um diminuto vinhedo francês de apenas 0,85 hectares, o único de Apelação de Origem Controlada (A.O.C.) de La Romanée.

O vinho conquistou 97 e 96 pontos nas avaliações dos críticos Robert Parker e Tim Atkin, respectivamente.

Sua uvas de excepcional qualidade, que dão origem a um vinho de guarda, de coloração rubi intensa, com aromas elegantes de frutas vermelhas.

Complexo e estruturado, conta, em boca, com taninos aveludados.É ideal para harmonizar com carnes vermelhas e carnes de caça especiais.

Valor: R$ 32.975,00

Pingus 2013

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Histórico, este vinho espanhol é produzido a partir de vinhas Tempranillo existentes desde 1929.

Lançado em 1995, foi o primeiro rótulo da Denominação de Origem (D.O.) de Ribeira del Duero a ser consagrado com 96 pontos por Robert Parker. Existem apenas 6.900 garrafas em todo o mundo.

É um vinho de guarda, de coloração granada intensa, com aroma de frutas vermelhas, notas florais, toques de especiarias e minerais.

Seus taninos são refinados, com uma ótima acidez, e que harmonizam com carnes vermelhas e carnes de caça.

Valor: R$ 13.157,65

Château Lafite Rothschild Grand Cru Classé 1999

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Do tradicional produtor Domaines Barons de Rothschild (Lafite), este vinho traz o terroir de Pauillac, em Bordeaux.

É elaborado com um blend equilibrado de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, obtendo 95 pontos do crítico Robert Parker.

A safra de 1999 se destaca por apresentar um bouquet rico, com notas de frutas vermelhas, nuances de especiarias e paladar bem estruturado.

É um vinho elegante, com um final longo que persiste na boca.Ele pode ser consumido com pratos franceses típicos, como o Tournedos Rossini.

R$: 12.000,00

Château Margaux Grand Cru Classé 2006

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Com 95 pontos da Wine Enthusiast,é um dos Grand Vin de Bordeaux.

Ele é produzido a partir de um assemblage das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Cabernet Franc colhidas manualmente e envelhecidas em carvalho e inox, em Margaux.

Com um interessante aroma de frutas negras, como ameixa e figo, misturado a notas florais e nuances herbáceas, de especiarias e tabaco, o vinho apresenta um tom rubi e revela taninos ricos e aveludados na boca, com concentração e intensidade.

É ideal para acompanhar queijos maduros e carnes de caça.

Valor: R$ 10.000,00

Barca Velha 2011

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Lançado pela primeira vez em 1952, este rótulo teve apenas 18 edições até hoje.

Ele só chega ao mercado 8 anos após a colheita das uvas Tinta Roriz, Tinto Cão, Touriga Franca e Touriga Nacional, oriundas da Quinta da Leda, na região do Douro.

O resultado é um vinho tinto com classe, de aroma marcado por frutas vermelhas maduras, notas de especiarias e toques balsâmicos, mentolados e de tabaco. Sua textura é rugosa, seu final é longo e harmonioso e vai muito bem com carnes e queijos marcantes.

Valor: R$ 7.400,00

Solaia 2016

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Proveniente da região italiana de Toscana, o rótulo nasceu em 1978, pelas mãos da centenária família Antinori, a partir de uvas Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, mas, posteriormente, foi acrescida a variedade Sangiovese.

O vinho alcançou cobiçados 100 pontos na avaliação de Robert Parker.

Este é um vinho potente e elegante, com aroma de frutas vermelhas, toques balsâmicos e mentolados, com fundo de especiarias. Por ser denso, com taninos firmes, e um final longo, orna com os assados da alta gastronomia italiana.

Valor: R$ 5.918,00

Vega Sicilia Unico 2008

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Seu nome não é à toa: ele é, de fato, um vinho único! Produzido pela vinícola Vega Sicilia, ele traz o puro terroir de Ribera del Duero e é produzido apenas nos anos de safras excepcionais e seu processo de envelhecimento leva quase uma década em diferentes tipos de barris.

O crítico Robert Parker deu 96 pontos à safra de 2008

Ideal para ser consumido com um Bife Wellington ou carneiro, este vinho tem coloração rubi profunda e violeta, aromas de frutas vermelhas e negras, com toques de especiarias, tabaco, couro, baunilha e lavanda.

Valor: R$ 4.997,17

Pêra-Manca 2010

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Produzido a partir de vinhedos com mais de 30 anos de idade, na região do Alentejo, este cobiçado vinho português, elaborado com as uvas Trincadeira e Aragonez recebeu 93 pontos da Wine Spectator.

Trata-se de um vinho de coloração granada, repleto de camadas de aromas de frutas maduras, especiarias e tostado. Denso e profundo na boca, ele tem acidez e estrutura de taninos ideais para harmonizar com queijos, embutidos ou grelhados de sabor intenso.

Valor: R$ 4.581,00

Catena Zapata Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae 2016

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Este Malbec argentino da região de Mendoza é uma obra-prima da vinícola Catena Zapata.

Os vinhedos ficam a uma altitude de 1.390 metros, sendo considerado como um dos raros Grand Cru da América do Sul. Ele obteve 97 pontos de Robert Parker e também no Guia Descorchados.

Tem coloração rubi e exala aromas de frutas negras e especiarias. É equilibrado e elegante na boca, apresentando taninos refinados. Ele pode acompanhar carnes e massas e, ainda, tem um potencial de guarda de mais de uma década.

Valor: R$ 2.947,88

Certamente, todos esses vinhos são maravilhosos e vão perfeitamente com um encontro especial. Nestes casos, o mais importante não é o preço do vinho, mas o contexto histórico que ele traz. O cuidado com sua produção, a atenção.

São momentos únicos transformados em exemplares perfeitos para sua degustação.

Eder Oelinton

Jornalista, amante de tecnologia e curioso por natureza. Busco informações todos os dias para publicar para os leitores evoluírem cada dia mais. Além de muitas postagens sobre varias editorias!

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