Cinco sinais misteriosos vindos de fora da via-láctea podem ter sido enviados por uma civilização alienígena. Ao menos essa é uma das teorias que os astrônomos estão usando para explicar a aparição de uma nova serie de “explosões rápidas de rádio”. Até hoje, apenas 11 destes pulsos estranhos de rádio foram gravados no mundo todo. Os últimos sinais que foram captados pelo rádio telescópio de Parkes na Austrália, incluem uma rajada dupla acompanhada de quatro outras simples.
Emily Petroff da Universidade de Swinburne, que ajudou a descobrir os pulsos, sugeriu que este padrão pode levar a uma importante descoberta. Ela mencionou em um Tweet:”Não temos a menor ideia do que está acontecendo, mas sabemos que definitivamente é algo legal”.
.@SciBry we have no idea what's going on, but we know it's definitely something cool.
— Dr. Emily Petroff (@ebpetroff) November 25, 2015
Essas explosões rápidas de rádio, ou FRBs, são emissões de rádio que aparecem de tempos em tempos e randomicamente, algo que é muito difícil de encontrar e estudar. O mistério decorre do fato de que não se sabe o que poderia produzir uma rajada tão curta e afinada.
Isto levou alguns a especularem que poderia ser qualquer coisa, desde estrelas que colidem produzindo as mensagens artificialmente. Os cientistas acreditam que elas se originam vários bilhões de anos-luz além da Via Láctea.
A mais recente descoberta, relatada na Monthly Notices da Sociedade Astronômica Royal, tem animado os astrônomos, porque ele tem um “perfil claro de dois componentes”. Eles dizem que cada rajada é separada por 2,4 milissegundos.
A equipe acrescentou: “Muitos dos modelos propostos para explicar FRBs usam um único evento de alta energia envolvendo objetos compactos (como fusões de estrela de nêutrons) e, portanto, não pode facilmente explicar um FRB de dois componentes.
O primeiro FRB foi flagrado, ou melhor, “ouvido” por telescópios de rádio, em 2007. Mas foi tão rápido e aparentemente aleatório que levou anos para os astrônomos concordarem que não foi uma falha em um dos instrumentos do telescópio.
O sinal que durou apenas 5 milissegundos foi chamado de Explosão de Lorimer depois que foi descoberto por Duncan Lorimer. A emissão de rádio foi tão dispersa que especialistas dizem que pode ter originado a bilhões de anos luz. Mas estimativas anteriores dizem que provavelmente devem existir 10.000 destes eventos em um dia, então o fato de que outro não foi descoberto desde 2012 incomoda.
Foi quando os dados do telescópio de rádio Parkes, na Austrália sugeriu que tinha ouvido outra FRB, junto com um punhado de outras. Mas o fato de que apenas Parkes tinha detectado os sinais muitos alegaram que estes poderiam ser apenas falhas de instrumentos.
A descoberta de uma das FRB utilizando o prato gigante de rádio em Porto Rico no ano passado confirmou para os astrônomos que esses sinais são de fato reais, mas eles não estão mais pertos de descobrir uma resposta para o que eles são. Embora esta seja a décima primeira FRB a ser detectada, é o primeiro a conter uma explosão dupla.
A mais recente descoberta está sendo comparada em importância com o famoso “sinal Wow”, que foi pego por Jerry Ehman em 1977.
Essa explosão de rádio, gravado pela rádio telescópio Big Ear da Ohio State University, tinha todas as características de ter vindo de um planeta distante, mas não foi mais detectada desde então.
Teorias até agora incluem estrelas queimando, estrelas anãs brancas que se fundem, colisão de estrelas de nêutrons e, a mais intrigante, sinais alienígenas.
“Cada sinal incomum do espaço exterior nos encoraja a se perguntar se é de uma civilização alienígena”, disse Nigel Watson, autor do Manual de Investigações de OVNIs. “Uma vez que este sinal parece tão indescritível e difícil de interpretar, então este deve ser um candidato para uma análise mais aprofundada.”
“Seria fantástico se isso fosse um sinal alienígena para termos definitivamente o conhecimento de que não estamos sozinhos neste universo vasto, e isso teria um impacto dramático sobre a nossa percepção de nosso lugar no esquema das coisas.”
Por enquanto, porém, o FRBs permanece um mistério. Vai precisar de mais estudos e observações, no futuro, para determinar verdadeiramente de onde eles vêm, e o que está causando eles. Até lá, é difícil excluir qualquer teoria em particular.