A situação de cada pessoa ou família é o que define a frequência ideal para fazer as compras no mercado, de acordo com a Serasa. Com a alta nos preços dos alimentos, seguir algumas orientações tem sido cada vez mais importante para economizar, inclusive no uso do vale-alimentação.
Compras mensais, por exemplo, ajudam o consumidor a fugir do aumento frequente dos preços, enquanto as semanais – e até diárias – oferecem a chance do aproveitamento de promoções em itens específicos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada de 2022 atingiu 11,73%. A alta nos preços, como destacado pela Serasa, deixa a população preocupada sobre a segurança alimentar e com dúvidas em relação às maneiras de garantir preços melhores.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo dos brasileiros no setor aumentou 3% no ano de 2021. A entidade projeta que esse número deve subir mais 2,8% até o final de 2022. Para que o aumento no consumo não represente um acréscimo significativo de gastos, é preciso estar atento e traçar algumas estratégias de compra.
Compra mensal é indicada em época de inflação
O hábito de fazer compras mensais no supermercado é herança do período da hiperinflação nas décadas de 1980 e, principalmente, de 1990. Conforme aceito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a hiperinflação é definida como o aumento de mais de 50% ao mês na média de preços de bens e serviços.
Durante anos, o Brasil passou por diversas trocas de moeda devido aos problemas inflacionários. Dessa forma, era comum que os preços dos alimentos mudassem ao longo do dia, em questão de horas. Isso fazia com que as pessoas precisassem comprar a maior quantidade possível de alimentos em um mesmo momento, antes que o reajuste recaísse sobre os produtos novamente.
Segundo a Serasa, depois da fase de hiperinflação, houve um período em que compras “do mês” eram consideradas desvantajosas e ruins do ponto de vista financeiro. Sendo assim, as compras diárias ou semanais eram recomendadas para todos.
Apostar em desconto por quantidade é alternativa
Atualmente, contudo, a empresa aponta que o aumento frequente dos preços pode atrapalhar a economia do trabalhador. Sendo assim, apostar em compras de volumes maiores e com planejamento mensal pode ser uma saída, pois é possível poupar dinheiro antes que ocorra um novo reajuste.
Vale apostar, assim, em compras promocionais que dão descontos na quantidade e no volume dos produtos selecionados. Por exemplo, alimentos como o leite costumam ficar mais baratos quando adquiridos em caixas com várias unidades. A economia será sentida no montante.
A mesma estratégia pode funcionar com o arroz. Ambos são exemplos de alimentos que costumam ser consumidos pelas famílias com frequência, portanto, serão utilizados em um momento ou outro, fazendo valer a pena a economia.
As promoções no estilo “leve 2 e pague 1” podem representar outro alívio nas contas de famílias que preferem a compra mensal e separam uma parte da renda destinada ao supermercado.
Compras semanais aproveitam ofertas
Pesquisar os dias da semana que contam com promoções é uma maneira de economizar nas compras. Como destacado pela Serasa, definir dias específicos com preços mais baixos para certas categorias de alimentos é uma prática comum dos estabelecimentos.
Essa é uma alternativa para aproveitar ofertas e levar, principalmente, alimentos perecíveis, como carnes, legumes, verduras, queijo e iogurte. Além disso, ao comprar em quantidades menores, é possível pesquisar os preços em diferentes mercados, garantindo o mais econômico para cada item.
O fracionamento de quantidade também é uma vantagem para quem vai ao mercado semanalmente, pois facilita identificar quais produtos realmente estão faltando em casa, evitando desperdícios. É preciso, contudo, tomar cuidado para não cair na tentação de comprar itens desnecessários apenas para aproveitar promoções.