Como é do conhecimento feminino, não existe vida reprodutiva, sem que haja a presença do útero. Contudo, infelizmente, muitas vezes esse órgão acaba sendo acometido por alguma patologia, precisando ser retirado do corpo da mulher. Eis, então, que surge a histerectomia, em outras palavras, a retirada do útero.
O procedimento
Ainda que o nome seja bastante estranho e dificultoso, a histerectomia consiste justamente no processo de retirar o útero, isso quando outros tratamentos já foram realizados e não tiveram sucesso.
Existem três tipos de histerectomia: a total, a subtotal e a radical. Para entender cada um dos tipos, acompanhe a seguir.
Histerectomia e seus tipos
A cirurgia total consiste na retirada do útero, bem como do colo do útero. Já a cirurgia subtotal é mantido o colo do útero e retirado, apenas o útero. E, por fim, a histerectomia radical, como o nome já diz, é retirado tudo, ou seja, o útero, o colo do útero e parte dos tecidos que ficam ao redor desses órgãos. Lembrando que, a histerectomia radical é feita em casos de gravidade extrema, sendo assim, há casos em que existe a necessidade até mesmo de retirada das trompas e dos ovários, mas isso tudo depende do caso da saúde da mulher.
Procedimentos cirúrgicos
Havendo a necessidade de se fazer a cirurgia, você poderá juntamente do seu médico ginecologista avaliar seu quadro e identificar qual o melhor procedimento cirúrgico, dentre os quatro existentes que são eles: histerectomia abdominal total, histerectomia vaginal, histerectomia por videolaparoscopia e histerectomia robótica. Vejamos a seguir como é realizado cada procedimento.
Os procedimentos em detalhes
A histerectomia abdominal total é a mais realizada, pois consiste no mesmo corte em que há em uma cesariana. Diante de úteros volumosos, esse procedimento pode ser feito, mas com cortes longitudinais. Dentre os quatro procedimentos cirúrgicos, esse é o mais tradicional, porém é o que causa maior desconforto entre as pacientes e exige mais tempo de recuperação. A internação, nesse caso, gira em torno de quatro dias e a recuperação é na base de seis semanas.
Já a histerectomia vaginal sem prolapso uterino é um procedimento bem menos invasivo e pode ser feito, inclusive em mulheres que nunca tiveram filhos. A retirada é feita via vagina e não há cicatrizes. Além do mais, o desconforto é bem menor, quando comparado ao procedimento citado anteriormente. O internamento geralmente é de dois dias e a recuperação varia de duas a três semanas.
Caso a opção seja a cirurgia por videolaparoscopia, será necessário tomar anestesia geral. Com o auxílio de pinças bem longas, o médico fará a retirada do útero, utilizando o vídeo como auxílio. Para concluir o procedimento, a mulher ficará em posição ginecológica e o mesmo é retirado pela vagina. O prazo de recuperação e internação é o mesmo da histerectomia vaginal.
E, por fim, a cirurgia robótica é o mesmo procedimento com vídeo, inclusive em tempo de recuperação e internação, só que todo o procedimento é feito com máquinas.
Para quem é indicado a Histerectomia?
Não pense que esse processo é indicado para todas as mulheres. Ele é necessário em casos mais extremos, por exemplo, mulheres com câncer de colo do útero, problemas graves ou infecções na região pélvica, endometriose grave, hemorragias constantes, câncer nos ovários ou prolapso uterino.
Lembrando que, tudo depende do seu caso para se escolher um método e a necessidade da histerectomia. Além disso, com relação ao tempo de recuperação, tudo depende de mulher para mulher, afinal, falamos de organismos diferentes. Então, converse atentamente com seu médico para que não restem dúvidas sobre o procedimento que fará.