Pelo menos, essa é a essência de um novo relatório sobre a tecnologia de implantes neurais da Royal Society, uma organização científica do Reino Unido, que foi revisada pelo The Independent. O documento destaca algumas das coisas mais interessantes que as interfaces cérebro-computador poderiam tornar possível, mas também alerta que conectar cérebros a computadores também pode comprometer a privacidade individual.
“Não apenas pensamentos, mas experiências sensoriais, poderiam ser comunicadas de cérebro em cérebro”, diz o relatório. “Alguém em férias pode transmitir um ‘cartão postal neural’ do que está vendo, ouvindo ou saboreando na mente de um amigo em casa”.
Para garantir que esses implantes neurais do futuro sejam usados para beneficiar as pessoas e a sociedade, a Royal Society está pedindo uma investigação do governo sobre a tecnologia, informa o The Independent. Caso contrário, empresas privadas como o Facebook, que já estão trabalhando em seus próprios sistemas, poderão ditar como a tecnologia é usada em seus próprios termos.
“Eles poderiam trazer enormes benefícios econômicos para o Reino Unido e transformar setores como o NHS, saúde pública e assistência social”, disse ao The Independent o engenheiro e co-presidente do Imperial College de Londres, Christofer Toumazou. “Mas se os desenvolvimentos forem ditados por um punhado de empresas, menos aplicativos comerciais poderão ser delineados. Por isso, pedimos ao governo que inicie uma investigação nacional”