Ferramentas de hackers da NSA usada por espiões chineses

Agentes de inteligência chineses adquiriram Ferramentas de hackers da NSA e as adaptaram em 2016 para atacar aliados americanos e empresas privadas na Europa e na Ásia, descobriu uma importante empresa de segurança cibernética. O episódio é a mais recente evidência de que os Estados Unidos perderam o controle de partes fundamentais do seu arsenal de segurança cibernética.

Com base no momento dos ataques e pistas no código de computador, os pesquisadores da empresa Symantec acreditam que os chineses não roubaram o código, mas o capturaram de um ataque da N.S.A. em seus próprios computadores, como um pistoleiro que agarra o rifle de um inimigo e começa a explodir.

A ação chinesa mostra como o conflito cibernético em proliferação está criando um faroeste digital com poucas regras ou certezas, e como é difícil para os Estados Unidos rastrear o malware que ele usa para invadir redes estrangeiras e atacar a infraestrutura dos adversários.

As perdas desencadearam um debate dentro da comunidade de inteligência sobre se os Estados Unidos deveriam continuar desenvolvendo algumas das armas cibernéticas mais tecnológicas e furtivas do mundo, se não for possível mantê-las a sete chaves.

As ferramentas de hackers supostamente desenvolvidas pela Agência Nacional de Segurança (NSA) estavam sendo usadas na natureza por pelo menos um APT muito antes de os Shadow Brokers liberarem o agora infame tesouro de armas cibernéticas dos EUA, sugere nova análise.

O grupo de hackers chineses que cooptou as ferramentas da N.S.A. é considerado pelos analistas da agência como um dos empreiteiros chineses mais perigosos que rastreia, de acordo com um memorando de agência confidencial revisado pelo The New York Times. O grupo é responsável por vários ataques contra alguns dos alvos de defesa mais sensíveis dentro dos Estados Unidos, incluindo fabricantes de tecnologia espacial, satélite e de propulsão nuclear.

Agora, a descoberta da Symantec, divulgada na segunda-feira, sugere que os mesmos hackers chineses que a agência perdeu por mais de uma década viraram as mesas da agência.

Veja publicação completa em The New York Times

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