Espionagem alienígena em uma faixa descoberta por astrônomos

Uma pequena faixa foi identificada no céu para espionagem alienígena, na qual astrônomos extraterrestres têm boas chances de descobrir a Terra.

Nós estamos sozinhos no universo? Para responder essa questão, astrônomos estão usando uma variedade de métodos durante décadas na busca de planetas habitáveis e por sinais de observadores extraterrestres, até agora, sem nenhum sucesso.

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Talvez a estratégia de busca não tenha sido otimizada até agora, dizem os pesquisadores do Instituto Max Planck para pesquisa do sistema solar em Göttingen e da Universidade McMaster no Canadá. Eles sugeriram que nas buscas futuras devemos focar na parte do céu em que potenciais observadores distantes do sistema planetário possam perceber o trânsito anual da Terra em frente do Sol.

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Eclipse solar: quando a Terra passa em frente ao Sol, ela bloqueia uma pequena parte da luz solar. Potenciais observadores de fora do nosso sistema solar pode ser capazes de detectar o escurecimento resultante do Sol e estudar a atmosfera da Terra. Este método de trânsito ajudou a encontrar a maioria dos 2000 exoplanetas conhecidos por nós hoje. © NASA/Axel Quetz (MPIA)

Quando um planeta passa na frente da sua estrela hospedeira, isso provoca um pequeno escurecimento transitório da estrela. Isto, assim chamado trânsito pode ser medido, dependendo do tamanho do planeta e a sensibilidade do instrumento. Na verdade, a maioria dos exoplanetas conhecidos hoje foram descobertos com este método de trânsito. Uma técnica semelhante, chamada espectroscopia de trânsito, pode permitir que os astrônomos no futuro escaneiem as atmosferas de exoplanetas na busca de gases que indicam vida.

Num primeiro passo, dois investigadores identificaram a região no céu a partir da qual se vê estes trânsitos menos da metade de um raio solar a partir do centro do disco solar. Os possíveis sistemas exoplanetários que oferecem essa perspectiva estão todos localizados em uma pequena faixa no céu, a projeção da órbita da Terra em torno do Sol (a eclíptica) na esfera celeste. A área desta tira ser de apenas cerca de dois milésimos de todo o céu.

“O ponto-chave desta estratégia é que ela limita a área de pesquisa a uma parte muito pequena do céu. Como consequência, pode levar menos de um tempo de vida humana para descobrir se existem ou não os tais astrônomos extraterrestres que tenham encontrado a Terra. Eles podem ter detectado a atmosfera de biogênicos da Terra e começaram a entrar em contato com quem está em casa”, explica René Heller do MPS.

Banda estreita: a imagem ilustra a zona de trânsito, em que observadores distantes poderiam ver a passagem da terra na frente do Sol.

Nem todas as estrelas são igualmente bem adequadas como uma casa para vida extraterrestre. Quanto maior a massa de uma estrela, mais curta é sua vida útil. No entanto, uma longa vida estelar é considerada um pré-requisito para o desenvolvimento de formas de vida superiores. Portanto, os pesquisadores compilaram uma lista de estrelas que não estão apenas na parte vantajosa do céu, mas também oferecem boas chances de hospedagem de formas evoluídas de vida, isto é, a vida inteligente.

Os pesquisadores compilaram uma lista de 82 estrelas próximas parecidas com o Sol que satisfaçam os seus critérios. Este catálogo agora pode servir como uma lista de alvos imediatos a iniciativas do SETI.

Mas os astrônomos estão longe de conhecer todas as estrelas em nossa Via Láctea. Quanto mais distante uma estrela, sua luz aparece mais fraca. E as pequenas estrelas, especialmente de longa duração também são particularmente fracas.

Para estimar quantas estrelas, além das 82 mais próximas poderiam residir na zona de trânsito da Terra, Heller e seu colega canadense Ralph Pudritz projetaram na esfera celeste um modelo da densidade estelar de nossa Galáxia. O resultado: cerca de 100.000 estrelas próximas poderiam abrigar planetas com habitantes que já poderiam ter nos descoberto e que poderiam estar tentando no contatar.

Uma parte destes planetas pode ser descoberto com a missão PLATO da Agência Espacial Europeia, prevista para 2024. René Heller da MPS também está envolvido nesta missão. PLATO irá utilizar o método de trânsito para encontrar pequenos planetas, alguns deles possívelmente semelhantes à Terra, ao redor de estrelas brilhantes.

“PLATO pode até mesmo detectar o trânsitos de exoplanetas, dos quais possíveis habitantes seria capazes de ver a Terra no trânsito do Sol”, Heller acrescenta. “Tal configuração louca iria oferecer a eles e a nós a possibilidade de estudar planetas uns dos outros com o método de trânsito”.

Fonte:Max Planck

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