Dificilmente você vai ouvir falar de uma rotina de skincare que não inclua algum tipo de esfoliação. Este processo é fundamental para se ter uma pele mais macia, viçosa e, sobretudo, saudável.
Isso porque tal processo ajuda a remover impurezas, como células mortas, auxiliando na renovação celular. Isso sem falar que a esfoliação é indicada para todo tipo de pele, variando conforme a necessidade de cada uma.
Hoje você vai conhecer um pouco mais sobre este procedimento tão necessário para a nossa pele, bem como os tipos de esfoliação, seus principais benefícios e indicações.
Esfoliar é preciso
Antes de mais nada, é preciso dizer que, com o passar do tempo, a nossa pele vai acumulando células mortas e isso é algo natural na medida em que nosso organismo, como todo ser vivo, vai se renovando ciclicamente. Essas células são responsáveis pela proteção contra agentes externos e ajudam a manter a hidratação da pele.
Por outro lado, o acúmulo dessas células mortas (em conjunto com impurezas que vão aderindo à pele e a nossa oleosidade natural) faz com que a pele perca o aspecto saudável, predispondo ao aparecimento de manchas, espinhas e cravos, além de leves rugas e linhas de expressão.
Quando é feita a esfoliação, o resultado é uma pele muito mais saudável e bonita, além de o processo inibir o surgimento de problemas como a foliculite (pelos encravados) e hiperpigmentação, bem como prepara a pele para uma melhor penetração de ativos dermatológicos.
Esfoliação física
É a mais comum e mais conhecida das esfoliações, pois é amplamente usada pelas pessoas (por vezes, até de modo errôneo). A esfoliação física é aquela que utiliza o atrito entre algum composto granuloso e a pele para remover as células mortas.
Essa granulosidade tanto pode aparecer na textura de um aparelho de massagem, por exemplo, quanto na textura de cremes, géis e sabonetes em barra com ação esfoliante. Os esfoliantes físicos podem ser de ativos naturais, como sementes refinadas de apricot e damasco, ou artificiais, como microgrânulos de polietileno.
Misturinhas caseiras, feitas sem a indicação de um dermatologista, devem ser evitadas, já que podem acabar agredindo a pele (principalmente as mais sensíveis). A esfoliação física é indicada para todos os tipos de pele, desde que feita de forma gentil e delicada, de uma a duas vezes por semana, conforme a necessidade.
Esfoliação química
Por sua vez, a esfoliação química, também conhecida como “peeling químico”, não conta com a presença dos grânulos. A maior diferença aqui é que o produto aplicado fica sobre a pele por algum tempo, fazendo com que as células mortas se desprendam da pele.
O resultado é um maior estímulo tanto da renovação quanto do crescimento celular. O que vai determinar a ação desse tipo de esfoliante é seu pH e concentração no produto usado. Seu uso deve ser feito sob a supervisão do dermatologista, pois pode sensibilizar a pele.
Da família dos Alfa-hidroxiácidos (AHA), os ácidos mais utilizados para esfoliação química são os ácidos málico, glicólico e lático. Já entre os Beta-hidroxiácidos (BHA), o destaque vai para o ácido salicílico. O uso do protetor solar durante esse tipo de tratamento, bem como de hidratantes, é indispensável.
Esfoliação enzimática
Assim como a química, a esfoliação enzimática ou biológica também não usa grânulos. Seu diferencial, porém, é a presença de enzimas proteolíticas, capazes de digerir proteínas e quebrar a queratina advinda da acumulação de células mortas na pele.
Sendo um esfoliante mais leve, é uma opção bem interessante para quem tem a pele mais sensível. Os esfoliantes químicos também podem vir de compostos naturais ou sintéticos. Os mais usados são a papaína (proveniente do látex do pé de mamão), a enzima da romã, da abóbora, e a bromelina (vinda do abacaxi).