Entenda o algoritmo das redes sociais

Descubra como o Facebook escolhe quais itens serão mostrados primeiro na sua timeline e por que isso é tão importante

Para que você possa compreender melhor do que o algoritmo da rede social é capaz, é preciso voltar no tempo e se lembrar do momento em que você criou a sua conta. Naquele dia, você clicou em “li e aceito” os termos de uso e, com isso, deu poderes para que O Facebook manuseasse os seus dados como bem entendesse.

[pub_quadro_google]

Porém, qual a é a real importância disso no seu dia a dia? Nesse artigo, vamos detalhar um pouco mais esse assunto.

Muito além da privacidade

Entenda o algoritmo das redes sociais 4

Cada ação que você faz no Facebook conta para montar o seu perfil na rede social. Não estamos falando apenas das pessoas das quais você é amigo, mas também das páginas que você curte, dos lugares que você visita e do tempo que passa interagindo em grupos ou assistindo a vídeos.

Todas essas informações ajudam a montar um complexo panorama sobre quem você é. Quando a rede social toma conhecimento dessas informações ela não o faz com o objetivo de espioná-lo. Fique tranquilo quanto a isso, não uma pessoa física por trás dessa central de informações interessada em saber o que você pensa do seu vizinho.

A ideia é oferecer anúncios que sejam mais interessantes para você. Assim, você terá maior propensão a clicar neles e fazer compras nas lojas que pagam para anunciar no Facebook. Antes de tudo, trata-se de um negócio, e não de uma ferramenta de espionagem, por mais que existam motivos para pensar assim.

O algoritmo do Facebook

Como funciona exatamente o algoritmo do Facebook é um segredo guardado a sete chaves. Porém, a ideia por trás de todas essas ferramentas de coleta de dados é sempre a de aperfeiçoar a composição de um perfil. Esse perfil, posteriormente, é “vendido” para empresas terceirizadas, que queiram entregar anúncios mais segmentados.

Assim, vamos a um exemplo: suponha que você torça para o Corinthians, acompanhe futebol no dia a dia, goste de lasanha, viaje duas vezes por ano e adore assistir a vídeos de cachorros. Todas essas ações fazem parte do seu perfil, de quem você é para a rede social.

[Afiliados_300_250]

Se um anunciante deseja vender um produto e defina o perfil do comprador como “pessoas que gostam de cachorros e viajem pelo menos duas vezes por ano” é provável, portanto, que você seja incluído na lista de pessoas que vão conseguir visualizar o anúncio em questão.

Isso porque existem mais chances de que você clique nele do que uma pessoa que não costuma viajar muito ou não se importe com vídeos de cachorros. Quanto mais preciso o Facebook for na hora de definir um perfil, mais caro ele pode vender essa informação – e é aí que a rede social ganha dinheiro.

O Facebook pode fazer isso?

Sim, o Facebook pode fazer isso com os seus dados e você autorizou. Esse é um aspecto complicado da rede social, pois não há outro jeito de utilizá-la se não for aceitando os termos de uso. Eles são aquele texto enorme apresentado a você logo no momento que a sua página é criada.

Você é obrigado a marcar “sim” no campo que indica que você “leu e concorda” com o texto, mas sabemos que na prática ninguém lê o conteúdo. Assim, é importante que você tenha em mente que todas as ações que você faz dentro do Facebook, sejam elas conscientes ou não, contam para montar um perfil de usuário aos olhos de Mark Zuckerberg.

As outras redes fazem a mesma coisa

 

Falamos bastante do Facebook porque ela é a rede social mais popular do planeta. No entanto, isso não significa que ela seja a única a adotar essas táticas para conseguir criar perfis que possam ser segmentados. O mesmo se aplica ao Instagram, ao Twitter e mesmo a serviços que requerem que você faça um login para utilização.

A forma como esses serviços “gratuitos” sobrevive é por meio da comercialização de publicidade. Para que eles possam ser mais eficientes na hora de entregar os anúncios, é preciso que eles coletem o maior número possível de informações, para que tenham perfis mais eficientes para clicar em determinados anúncios – ou mesmo apenas visualizá-los.

[afiliados_250_250]

Perceba que muitas vezes os anúncios exibidos têm relação direta com itens que você já pesquisou anteriormente ou, ainda, com temas dos quais você tem algum conhecimento. Obviamente existem exceções, mas em geral os resultados são muito precisos – e trazem um bom retorno para os anunciantes.

É preciso se proteger?

Essa é uma pergunta complicada de ser respondida. Quando falamos em proteção de dados, é preciso ter uma abordagem diferente daquela que temos quando pensamos, por exemplo, em um seguro para celular. Nessas situações, em caso de roubo do seu aparelho, você recebe de volta o valor que pagou por ele.

No caso dos dados eles não são “roubados” de você, uma vez que você concordou com a coleta das informações. O que ocorre aqui é uma exposição maior da sua privacidade, ainda que os dados que os anunciantes recebam não identifiquem você especificamente. Não se trata de saber “quem é”, mas sim “quantos são” de um determinado jeito.

Se você pretende usar as redes sociais, infelizmente, não há muito o que fazer. Essas são as regras do jogo, mas você pode escolher se quer jogar ou não.

Texto: Luana Sudré Link Builder da agência SEO Marketing

 

 

Sair da versão mobile