Detectar o câncer antecipadamente com uma nova abordagem

Cientistas do câncer liderados pelo investigador principal, Dr. Daniel De Carvalho, do Centro de Câncer Princess Margaret, combinaram “biópsia líquida”, alterações epigenéticas e aprendizado de máquina para desenvolver um exame de sangue para detectar e classificar o câncer em seus estágios iniciais.

As descobertas, publicadas on-line na Nature, descrevem não apenas uma maneira de detectar o câncer, mas prometem encontrá-lo mais cedo quando ele for mais facilmente tratado e muito antes de os sintomas aparecerem, diz o Dr. De Carvalho, cientista sênior da Universidade. o centro de câncer, University Health Network.

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“Estamos muito animados nesta fase”, diz o Dr. De Carvalho. “Um grande problema no câncer é como detectá-lo precocemente. Tem sido um problema de ‘agulha no palheiro’ de como encontrar uma mutação em um bilhão de sangue específica no sangue, especialmente em estágios iniciais, onde a quantidade de DNA do tumor no sangue é mínima “.

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Ao analisar alterações epigenéticas em vez de mutações, a equipe conseguiu identificar milhares de modificações exclusivas de cada tipo de câncer. Em seguida, usando uma abordagem de big data, aplicaram o aprendizado de máquina para criar classificadores capazes de identificar a presença de DNA derivado do câncer dentro de amostras de sangue e determinar o tipo de câncer. Isso basicamente transforma o problema de ‘uma agulha no palheiro’ em ‘milhares de agulhas no palheiro’ mais solucionáveis, onde o computador só precisa encontrar algumas agulhas para definir qual palheiro tem agulhas.

Os cientistas rastrearam a origem e o tipo de câncer comparando 300 amostras de tumores de pacientes de sete locais da doença (pulmão, pâncreas, colorretal, mama, leucemia, bexiga e rim) e amostras de doadores saudáveis ​​com a análise de DNA livre de células circulando no sangue. plasma. Em cada amostra, o DNA do plasma “flutuante” combinava com o DNA do tumor. Desde então, a equipe expandiu a pesquisa e já fez o perfil e obteve sucesso em mais de 700 amostras de tumores e sangue de mais tipos de câncer.

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Além do laboratório, os próximos passos para validar ainda mais essa abordagem incluem a análise de dados de grandes pesquisas populacionais sobre saúde já em andamento em vários países, onde amostras de sangue foram coletadas meses a anos antes do diagnóstico de câncer. Então, a abordagem precisará ser validada em estudos prospectivos para o rastreamento do câncer.

Dr. De Carvalho é um imunologista treinado (Universidade de São Paulo, Brasil) com pós-doutorado em epigenômica do câncer (University of Southern California, EUA) cuja pesquisa se concentra na epigenética do câncer. Ele detém a Cátedra de Pesquisa do Canadá em Epigenética do Câncer e Terapia Epigenética e é Professor Associado em Cancer Epigenetics, Departamento de Biofísica Médica da Universidade de Toronto.

A pesquisa foi apoiada pelo Centro McLaughlin da Universidade de Toronto, Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde, Sociedade Canadense do Câncer, Instituto Ontário para Pesquisa do Câncer através da Província de Ontário e Fundação Princesa Margaret do Câncer.

Fonte: Science Daily

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