Nossa pele não é estável e diversos fatores contribuem para que ela mude ao longo da vida. Um deles é a própria passagem do tempo, que causa marcas e rugas na velhice e aumento de acnes na adolescência, por exemplo. Por isso, os cuidados com a pele devem ser constantes, ao longo de toda a vida.
Fatores externos, como temperatura, umidade e exposição ao sol e poluição também alteram o aspecto da pele humana e devem ser levados em conta. No entanto, os nossos hormônios também são grandes influenciadores e podem afetar a pele de diversas maneiras. É sobre eles que vamos falar a seguir.
Testosterona e estrogênio mexem com a oleosidade
As glândulas sebáceas são as maiores responsáveis por controlar a oleosidade da nossa pele, pois são elas que produzem e secretam o sebo — aquele óleo que dá para notar no rosto de quem tem pele oleosa (falaremos mais disso a seguir).
Essas glândulas são bastante influenciadas pelos nossos hormônios, em especial os do tipo androgênio, como a testosterona. Apesar de ser conhecido como o hormônio sexual masculino, ele está presente em homens e mulheres e costuma aumentar a produção de sebo.
É por conta desses hormônios androgênios, que aumentam durante a adolescência, que meninos e meninas percebem um aumento da oleosidade na pele nessa fase, e isso está diretamente relacionado com o surgimento de cravos e espinhas.
Hormônio produzido pelos ovários, o estrogênio é outro que pode afetar a oleosidade da pele. É por isso que muitas mulheres experimentam mudanças ao longo do ciclo menstrual. Muitas relatam que a produção de sebo aumenta na semana que antecede e também durante a menstruação.
Além de afetar a oleosidade, alguns estudos também dizem que o estrogênio está relacionado à produção de colágeno, proteína fundamental para a elasticidade da firmeza da pele. A hidratação também pode ser afetada pela falta ou pelo excesso desse hormônio.
Sendo assim, qualquer desregulação desses hormônios também tem grandes chances de afetar a aparência da pele. Por conta disso, o endocrinologista pode ser um aliado do dermatologista nos tratamentos de pele. Em muitos casos, deve-se começar regulando os hormônios.
Como o ciclo menstrual e até mesmo a menopausa podem ter efeitos na aparência das mulheres, alguns especialistas recomendam tratamentos específicos que levem esses fatores em consideração. No período pré-menstrual, por exemplo, pode ser o caso de usar produtos adstringentes ou sabonete específico para pele mais oleosa.
Outro ponto que merece destaque é a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), um problema nos ovários femininos, que costuma aumentar o nível de hormônios masculinos no organismo. Como já vimos, isso pode afetar a oleosidade da pele e ainda aumenta o risco de surgimento de manchas.
A espinha pode ter origem hormonal
As espinhas (ou acne) são inflamações provocadas pela obstrução das glândulas sebáceas e podem ser influenciadas por vários fatores, incluindo os hormônios.
Quando eles estão desregulados, já vimos que podem fazer nosso corpo aumentar a produção de sebo. Essa oleosidade pode se unir a células mortas da região, obstruindo os poros e fazendo aparecer as desconfortáveis espinhas.
Na adolescência, os hormônios estão em polvorosa e é por isso que as primeiras acnes costumam aparecer (e persistir) nessa época. Na vida adulta, no entanto, esse é um problema que acontece com menor frequência, embora algumas pessoas possam continuar experimentando espinhas hormonais.
Se você é mulher e nota a aparição de acnes no período pré-menstrual e durante o sangramento, essa pode ser a causa, como já explicamos acima. Nesse caso, tome cuidados extras para eliminar a oleosidade.