Construindo uma Ponte de Entendimento Mútuo. Levante suas palavras, não sua voz. É a chuva que floresce, não o trovão. – Rumi
Uma das fontes mais comuns de conflito entre as pessoas está na maneira como nos comunicamos. Muitas vezes, aprender como lidar com conversas difíceis é preciso prestar atenção que os conflitos não surgem devido à diversidade de opiniões e crenças.
A diversidade é necessária para a troca de pensamento e o crescimento final.
A verdadeira fonte de conflito, ao contrário, está na maneira como expressamos nossas opiniões e comunicamos discordância. Um tom de voz culpado, às vezes até mesmo agressivo, pode infiltrar-se em nossa linguagem, o que convida ao confronto, em vez de à colaboração, e transmite uma abordagem fechada do tipo “meu caminho ou de jeito nenhum”.
Olhando para o passado, consigo lembrar de mim mesmo durante meus anos de infância, quando tudo parecia possível. No meu mundo, cheio de diversão, criatividade e diversão, as coisas eram simples e claras. Sempre que eu estava com fome, me certificava de que minha mãe soubesse disso.
Quando eu estava com medo, triste ou chateada, eu disse isso. Sempre que eu queria alguma coisa, eu pedia por isso.
Nesse espaço aberto de comunicação, não havia espaço para ler a mente ou fazer suposições. Eu não reivindiquei saber o que as outras pessoas sentiram ou pensaram. Se alguma coisa não estava clara, perguntei.
Eu não deixei minha mente brincar comigo e criar cenários sobre o que outras pessoas tinham em suas mentes ou corações porque eu sabia que não eram eles. A vida era bem simples, e quanto mais eu envelhecia, mais forte ficava minha necessidade de complicar.
As belas artes da comunicação não violenta
Tomando uma visão honesta da minha vida como uma mulher adulta, percebi que muitas vezes eu era agressiva com as pessoas, mesmo sem estar ciente disso. Eu nunca gritei e gritei com as pessoas, mas expressei meus pensamentos e emoções de forma agressiva, especialmente quando eu estava tentando transmitir opiniões nas quais acreditava e conseguia ouvir minha voz.
Essa é uma área na qual ainda estou trabalhando. No entanto, passei algum tempo lendo sobre o campo da comunicação não violenta, aprendendo como lidar com conversas difíceis e como se comunicar com clareza e confiança em qualquer situação e, com isso, evite dramas desnecessários ou confrontos.
Há alguns anos, comecei a aplicar esse aprendizado em minha vida cotidiana. Surpreendentemente, pude ver como pequenos ajustes na minha comunicação me ajudaram a melhorar meu relacionamento com as pessoas em minha vida pessoal e profissional.
Veja abaixo três sugestões úteis que me ajudaram a refinar minhas habilidades de comunicação e construir pontes de entendimento mútuo com os outros:
1. Seja curioso sobre os outros
Uma das principais fontes de conflito vem do fato de que tendemos a avaliar nossas próprias ações com base em nossas intenções, mas julgamos os outros com base em suas ações, sem conhecer suas intenções.
Por exemplo, quando temo ter ofendido alguém com minhas palavras, minha reação imediata seria me explicar e deixar claro que minha verdadeira intenção não era machucar ninguém: “Desculpe, não quis parecer assim. . Meu ponto é que …” No entanto, quando eu não gostava do que ouvia em uma conversa delicada, eu costumava pular imediatamente para uma postura defensiva ou mesmo agressiva, sem sequer tentar entender mais sobre o que os outros queriam me dizer.
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Ninguém pode me perturbar, me estressar ou me deprimir a menos que eu permita. Sempre que me sinto frustrado ou com raiva durante conversas difíceis, tenho me educado para respirar longa e profundamente. Isso me ajuda a ficar de castigo e a administrar o que sinto.
Em segundo lugar, aprendi a fazer perguntas com a genuína curiosidade de uma criança. Eu quero saber mais sobre a história por trás das palavras: as circunstâncias, o impacto sobre as pessoas envolvidas, suas intenções e assim por diante.
Aqui estão algumas das minhas perguntas favoritas que me ajudam em como lidar com conversas difíceis:
Como isso aconteceu?
Você pode me dizer mais sobre isso?
O que podemos fazer para resolver isso?
2. O Poder do “O Que”
Deixe-me fazer a mesma pergunta, de duas maneiras diferentes. Diga que estou perturbado pelas suas palavras. Eu poderia optar por responder com: “Por que você está dizendo isso?” Ou eu poderia perguntar: “O que faz você dizer isso?”
Você pode sentir a diferença entre as duas perguntas? Você não se sente como a pergunta “por que” soa mais acusatória do que a outra?
Na realidade, nós apenas julgamos o que não entendemos, então eu me certifico de ficar longe da confusão. As pessoas só podem ser responsáveis pelo que dizem, não pelo que eu entendo. E ninguém é um leitor de mentes.
Quando perguntado “por que”, as pessoas tendem a se sentir culpadas. Como conseqüência, eles ou calam a boca ou entram em um modo defensivo, tentando se justificar. Enquanto isso, as perguntas “o que” convidam a uma discussão aberta e a uma comunicação transparente. Eles ajudam a trazer mais equilíbrio, harmonia e paz durante conversas sensíveis.
É uma ótima dica para memorizar a avançar no aprendizado em como lidar com conversas difíceis
3. A importância de ouvir
Eu serei brutalmente honesta com este: No passado, não sabia como lidar com conversas difíceis, eu costumava ser muito egocêntrica e ansiosa para ter espaço nas conversas. Eu costumava ouvir para saber o que dizer em seguida, em vez de estar totalmente presente para os outros com mente, corpo e alma, para que eu pudesse entender suas perspectivas e pontos de vista. Eu costumava interromper os outros na tentativa de me explicar ou me defender. Em outras palavras, as conversas geralmente eram muito sobre mim, não tanto sobre os outros.
Às vezes, a única coisa que temos que fazer em uma situação que pode parecer um conflito ou desacordo é ouvir o que outras pessoas têm a dizer com cuidado genuíno, curiosidade, compaixão e atenção.
No meu caso, tive que aprender a escutar ativamente. Durante as conversas, eu me imaginava com um zíper na boca, fechando o zíper enquanto as pessoas falavam, e me permitindo abrir o zíper apenas quando terminassem. Este exercício simples ajudou-me a ficar presente e focado na outra pessoa, tanto na minha vida pessoal como na minha carreira.
Em um mundo onde a maioria das pessoas ama falar sobre si mesmo, ser capaz de ouvir a outra pessoa é uma forma de amor.
Texto escrito por Sara Fabian para o site Up Lift Connect