Automóveis à base de hidrogênio: o que são e como funcionam?

Os carros movidos a hidrogênio prometem mudar o rumo do mercado automobilístico, através de um novo tipo de combustível

Não é de agora que as principais montadoras de veículos estão buscando soluções para eliminar de vez o uso de combustíveis prejudiciais ao meio ambiente. Depois dos carros elétricos, a principal revolução no meio automobilístico serão os automóveis movidos a hidrogênio, que em partes são estruturalmente parecidos com os veículos movidos à eletricidade, já que seu motor também é elétrico. A principal diferença fica no combustível, que é 100% limpo, não produz barulho, e precisa de um tanque específico de armazenamento.

Um carro elétrico precisa de uma tomada para ser recarregado; afinal, eles são movidos por eletricidade, o que não é o caso dos automóveis à base de hidrogênio. Nessa nova aposta, existe um tanque que armazena hidrogênio líquido em temperaturas baixíssimas, que podem chegar a até -36ºC; quando combinado com oxigênio, o hidrogênio gera uma reação que produz calor, água e energia elétrica. Dessa forma, o calor e a água são evacuados pelo escapamento, e a eletricidade vai para a bateria do motor, que faz o carro funcionar.

De um ponto de vista ambiental e sustentável, as vantagens são imensas, já que esses veículos não emitem nenhum poluente na atmosfera. É fato que até mesmo esses projetos não estão isentos de algum tipo de degradação do meio ambiente; afinal, os métodos utilizados para obter o hidrogênio dependem de outras energias que produzem poluentes, mas os danos acabam sendo consideravelmente reduzidos. O abastecimento também é rápido e fácil, pois se assemelha mais ao de carros movidos à gasolina.

A autonomia do veículo também é uma vantagem, onde atualmente os automóveis movidos a hidrogênio estão conseguindo alcançar até 600 km rodados, antes de precisar de mais um abastecimento. A tendência é que, com a popularização desse tipo de automóvel, esse fator seja aprimorado, e esse número aumente ainda mais. De qualquer forma, esses carros também contam com engate para reboque, então é possível resgatá-los, em caso de emergências.

Entre as desvantagens, as principais giram em torno dos custos, que são bem mais altos, por se tratar de uma tecnologia inovadora. O preço do combustível também é mais elevado (ficando em torno de 60 euros, ou R$ 336, para completar o tanque), e exigirá uma nova infraestrutura de fornecimento para hidrogênio, algo inexistente na maioria dos países. Outro ponto importante a ser considerado é a segurança, pois o hidrogênio é inflamável, então esse é um ponto que já vem sendo trabalhado pelas montadoras, a fim de evitar acidentes.  

Sair da versão mobile