Tratou 85% dos casos de uma infecção grave com risco à vida.
Não é para os mais sensíveis, mas existe um procedimento médico relativamente novo chamado “transplante fecal” que está superando os antibióticos no tratamento de infecções graves. Os médicos pega o cocô de uma pessoa saudável, congelam, liquefazem em um liquidificador, em seguida administram no intestino de alguém doente, ou por um tupo através do nariz ou através do reto.
O método que coloniza o intestino com bactérias saudáveis, teve uma taxa de 85 por cento de sucesso no tratamento de infecções graves como o Clostridium comparado a apenas 20 por cento dos antibióticos padrões para o tratamento.
Reguladores australianos não tomaram a decisão ainda no uso dos transplantes fecais, mas clinicas locais estão anunciadamente oferecendo o tratamento. Uma reportagem no Jornal de Medicina Britânico (BMJ) diz que testes de longo prazo e monitoramento são urgentemente necessários para fornecer conselhos sensíveis aos paciente. Entretanto, de longe alguns efeitos adversos foram relatados depois de 7000 transplantes.
O procedimento parece relativamente seguro para pessoas idosas e aqueles com sistema imunológico deficitário, disse Tim Spector do Colégio King de Londres e Rob Knight na Universidade da Califórnia em São Diego.
Mais de 500 centros nos Estados Unidos oferecem o transplante, na maioria das vezes usando doações congelados do banco fezes da organização sem fins lucrativos, OpenBiome, em Boston. O regulador do Reino Unido (MRHA) classificou temporariamente transplantes fecais, como medicamento.
Os transplantes fecais também estão sendo testados para outras condições, incluindo a obesidade, diabetes, síndrome do intestino irritável e colite. Entretanto, Spector e Knight dizem que afirmar que o transplante fecal ser a cura total para muitas doenças é ser otimista demais. Além do mais, existe o risco de infecções. E a transferência de micróbios para um novo hospedeiro, pode transferir também a susceptividade à obesidade e até doenças mentais.
“Esses possíveis riscos sugerem que o transplante fecal, além de ser uma excepcional nova ferramenta, precisa ser estudada e monitorada cuidadosamente e refinada para incluir a maioria dos micróbios chave benéficos,” Spector e Knight escreveram no BMJ.
Fonte: Business Insider via ScienceAlert